quarta-feira, 25 de junho de 2008

RESPEITAR O ACORDO E AVANÇAR NA DEMOCRATIZAÇÃO DA UFRGS

Como divulgado pela chamada grande imprensa, que em boa medida calou-se durante todo o processo e agora estimula o discenso, bem como nos meios universitários, as eleições para a indicação do novo reitor da UFRGS parece viver um impasse. Dependendo do cálculo (histórico ou alternativo) duas candidaturas (chapa 2 e 1) proclamam-se vencedoras.

Pensamos que o processo já nasceu “torto”, pois o conselho universitário (CONSUN), ciente da postura do atual governo Federal em respeitar a vontade democrática emanada das universidades para indicação de seus dirigentes; sabedor do repúdio, da parte dos estudantes e Técnico-administrativos em Educação (TAEs) à fórmula 70/15/15 decidiu não se posicionar sobre a questão. Talvez por conveniência, não teve coragem e/ou capacidade de definir regras claras para o pleito.

O fato é que independente da incapacidade do CONSUN em resolver a questão, agora mais do que nunca a UFRGS – autônoma e democraticamente – se vê na obrigação de tratar de forma séria o tema da democracia na instituição, e normatizá-la definitivamente no bojo da elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional.

No atual processo nos alinhamos aos que defendem o respeito ao acordo firmado entre os candidatos. No mesmo estavam explícitos e implícitos, não só os índices de 40/30/30, mas a ponderação dos votos dos seguimentos como tradicionalmente feito nos últimos processos onde existiram acordos.

Neste sentido, não há dúvida que a chapa 2 foi a vencedora, portanto não cabem casuísmos de última hora, que só servem aos interesses daqueles que querem desqualificar a instituição pública de caráter gratuito que todos defendemos.

Cabe sim, insistimos, o debate democrático e franco no seio da comunidade universitária incluindo a sociedade, com vistas à tomada de decisão de como devemos gerir a UFRGS e eleger seus dirigentes.

Defendemos que nos principais órgãos colegiados é fundamental, não apenas a paridade, mas a maior participação da sociedade.

Na eleição de dirigentes, pensamos que a paridade com ponderação e indicação imediata do mais votado é o método mais democrático e adequado à realidade atual da UFRGS. A universidade não é um órgão público qualquer, portanto deve exercitar sua autonomia diante dos entes públicos e privados.

Todos sabemos que a comunidade universitária é composta pelos seguimentos docentes, técnico-administrativos e discentes, sendo os três fundamentais para o cumprimento dos objetivos indissociáveis da instituição, o ensino a pesquisa e a extensão. O que caracteriza cada categoria são os seus fazeres diferenciados; suas responsabilidades administrativas e legais; sua quantidade numérica e o tempo de permanência de cada um na instituição. Diante destas características é a paridade com ponderação a fórmula que valoriza a todos e privilegia os efetivos participantes dos processos eleitorais.

- PELO RESPEITO AO ACORDO FIRMADO ENTRE OS CANDIDATOS

- QUE O CONSUN INDIQUE A CHAPA 2 COMO VENCEDORA

- PELA EFETIVA TOMADA DE DECISÃO SOBRE A DEMOCRACIA NA UFRGS APÓS AMPLO DEBATE NA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA

- PELA PARIDADE.

José Luís Rockenbach Neco, Paulo Roberto de Oliveira, Gilson Santos, Joana de Oliveira, Orencio Arami, Celso Alves, Nara Francisca, Marisane Lovatto Odorizi, Sergio Silva Rodrigues, Maria Laura Martins, Marina Bernardes de Freitas, Zoel Martins Vaz, Oneida Margarida Pacheco, Maria Marlene da Silva, Vânia Cristina Santos Pereira, César Augusto Barros, Aloísio Jorge dos Santos, Silvania Santana Ramos, Maribel dos Santos Nunes, Roseli da Rosa Pereira, Gilberto Natel da Silva

CORRENTE SINDICAL CLASSISTA

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